quinta-feira, 17 de abril de 2008

Enxergar o próximo

A 1º Semana de Jornalismo da Estácio foi muito interessante em diversos aspectos. Palestrantes competentes, premiados e simpáticos. Mas o que chamou atenção foi que alguns, como a jornalista da revista Época Eliane Brum e o repórter da TV Globo Marcello Canelas, bateram na mesma tecla quando o assunto era que tipo de repórter deveríamos ser. Eliane, por exemplo, citou que todos deveriam questionar a imprensa, do porque do ciclo "natural das coisas", o porque que a morte de milhões de pessoas não é tão importante quanto a morte de uma pessoa famosa. Mostrando vídeos e fotos, a jornalista comprovou que se interessa pelas histórias dos personagens ditos "invisíveis" aos olhos da imprensa. Canelas, por sua vez, não foi diferente. Mostrou matérias interessantes, como uma família inteira esquecida pelo Brasil, considerada indigente para o país. A todos que assistiam ambas as matérias, notei que pararam para refletir que o jornalista ainda pode fazer algo pela humanidade, independente da empresa que irá trabalhar. Deixo aqui uma frase que Eliane admitiu tê-la tocado e confesso que a mim também. Ela perguntou ao "Homem Sapo", um morador de rua que tinha problemas nas pernas e tinha que se arrastar para se locomover: "Você acha o mundo bom?" E ele respondeu: "O mundo é bom, só é mal freqüentado".

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